Uma palavra às pessoas com complexo de inferioridade e que se acham inadequadas e perdedoras.
 
Por: Fábio Costa
 
O que é o complexo de inferioridade?
 
Essa foi a melhor definição que achei:
 
Complexo de inferioridade pode ser definido como aquele sentimento de não estar à altura dos padrões sociais. … Sentir-se inferior é comum em determinadas situações. Por exemplo, quando conhecemos pessoas que, aparentemente, têm mais conhecimento e habilidades para desempenhar funções que nós ainda não conseguimos.
 
O complexo de inferioridade é mais comum do que imaginamos.
Confesso que é puro chute, pois seria difícil levar a cabo uma pesquisa dessa natureza, visto que o sentimento é um tanto quanto constrangedor e muitas vezes está disfarçado atrás da agressividade, da excessiva euforia e até da arrogância. Mas, baseado na minha experiência de vida, eu chutaria que 6 a cada 10 pessoas sentem-se inferior ou inadequada em menor ou maior grau.
 
Assim como a inveja, muitas pessoas não o admitem que têm ou mesmo nem sabem que têm. Muitas podem ser as causas que desencadeiam o processo gradativo de tal sentimento: Uma palavra mal falada de um pai ou de uma mãe na infância; um trauma de uma grande humilhação sofrida; um abuso emocional e até mesmo físico entre outros.
 
Mas a maior tragédia não é o fato de haver o sentimento de inferioridade e saber que ele, em casos mais extremados pode levar até à depressão ou mesmo ao suicídio.
O maior pesar disso tudo é o fato de que a maioria das pessoas passa por esta vida carregando e convivendo com este sentimento e jamais foram ao encontro da pessoa que pode remover esse fardo de suas costas.
 
Sim, falo de Jesus Cristo. Poucos mencionam e muitos até desconhecem uma faceta de Jesus que costuma passar totalmente despercebida.
 
A de que Jesus era um desprezado por natureza.
700 anos antes da encarnação de Jesus, o profeta Isaías recebeu de Deus a seguinte descrição a respeito do homem que viria ao mundo para restaurar a comunhão rompida entre Deus e o homem através do seu sangue:
 
“Era desprezado, e o mais rejeitado entre os homens, homem de dores, e experimentado nos trabalhos; e, como um de quem os homens escondiam o rosto, era desprezado, e não fizemos dele caso algum.
Verdadeiramente ele tomou sobre si as nossas enfermidades, e as nossas dores levou sobre si; e nós o reputávamos por aflito, ferido de Deus, e oprimido.”
Isaías 53:3,4
 
E assim aconteceu com precisão divina.
O Israel da época de Cristo era dividido basicamente em duas províncias: A Galileia, ao norte e a Judeia, ao sul.
 
A Galileia, era o celeiro, a fonte de alimento do país. Ali eram produzidos os alimentos que abasteciam toda a nação e também pagavam os altos tributos ao Império Romano. Apesar de toda abundância de alimentos, o povo da Galileia era extremamente pobre, fruto da alta taxação imposta por Roma e em sua vasta maioria formada por analfabetos que mal falavam o idioma hebraico. Ao passo que o Sul era o que pode ser chamado de Elite da época. Na região Sul viviam os fariseus, saduceus e publicanos. No sul ficava o templo, localizado em Jerusalém. As escolas de educação formal eram situadas também ali.
 
Os rabinos iam para o norte somente aos sábados, ensinar e pregar nas sinagogas e logo voltavam para as suas casas. Em geral havia um forte sentimento de desprezo do povo da Judeia para com o povo da Galileia. Jesus apenas nasceu na Judeia (Belém), para cumprir a profecia, mas desde a tenra infância foi morar na Galileia e criou-se junto com os indesejados e desprezados. Tornou-se um deles. Jesus era de Nazaré, um centro administrativo da Galileia
Por isso Natanael fez a seguinte pergunta quando foi apresentado a Jesus:

 

 

 

Disse-lhe Natanael: Pode vir alguma coisa boa de Nazaré? Disse-lhe Filipe: Vem, e vê.
João 1:46
 
Por isso Ele entende como é sofrer rejeição e assim pode ajudar aqueles que padecem de tal sentimento.
É incrível o nível da mudança de perspectiva efetuada naqueles que buscam conhecer e ter um relacionamento com Deus através de Cristo.
 
Vejam o que Jesus fala aqui:
Mas, buscai primeiro o reino de Deus, e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas.
Mateus 6:33
 
Quando alguém estabelece um relacionamento com Cristo, é como se caíssem escamas que cegavam seus olhos.
O que ela achava que era importante, já não é mais. Aquilo que lhe deixava ansiosa, já perdeu seu efeito.
Aquele relacionamento abusivo em que a pessoa se submetia a fazer até mesmo coisas que não aprovava, somente para ser aceita, vai perder seu poder, seu valor.
 
Chega-se ao ponto de o próprio indivíduo pensar como foi tão tolo por valorizar coisas e pessoas que não mereciam por tanto tempo. A opinião da maioria já não importa. A preocupação é fazer a vontade de Deus e as demais coisas Ele se encarrega. O fruto do trabalho é abençoado, os relacionamentos deixam de ser superficiais, as pessoas que não somam a esse propósito são afastadas ou se afastam deliberadamente. Descobre-se que o sentimento de inferioridade era por não cumprir as exigências de uma sociedade esquizofrênica, artificial e acima de tudo, de valores passageiros. Aquilo que era valorizado ontem, hoje não é mais e as pessoas não passam de peças descartáveis que somente são úteis enquanto podem prover status, conforto ou entretenimento banal.
 
Em resumo, é uma verdadeira libertação, ou como diz o próprio Cristo:
“E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará.”
João 8:32
 
O mundo caminha de mal a pior. Os sinais e profecias já cumpridas indicam que a volta de Cristo para restaurar a primeira ordem e estabelecer seu reino de justiça está cada vez mais próxima.
No entanto, ainda há tempo, pois o convite feito há dois mil anos continua válido:
 
Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei.
Mateus 11:28