Parte 5.
O Livro dos livros.
Por: Fábio Costa
A Bíblia é realmente a revelação de Deus aos homens?
Voltaire, o famoso cético e filósofo francês falecido em 1778, afirmou que dentro de cem anos o Cristianismo seria varrido da existência e passaria a fazer parte do passado. A ironia é que, não mais que 50 anos depois do falecimento de Voltaire, sua residência foi utilizada pela Sociedade Bíblica de Genebra para produzir grandes quantidades de Bíblia.
O escritor Horace Lorenzo Hastings declarou:
” … Com todos os seus ataques, os céticos causam a esse livro o mesmo abalo que um homem com um martelinho causaria ás Pirâmides do Egito… Se não fosse o Livro de Deus, os homens já o teriam destruído faz tempo. Imperadores, reis, sacerdotes, príncipes e governantes, todos tentaram; eles morreram, mas o Livro vive ainda hoje”.
O profeta Isaías testificou:
“A relva murcha, e as flores caem,
mas a palavra de nosso Deus
permanece para sempre”.
Isaías 40:8.
700 anos mais tarde, Jesus Cristo afirmou:
“Passará o céu e a terra, mas as minhas palavras jamais passarão”
Mateus 24:35.
A Bíblia foi escrita em um período de cerca de 1500 anos por mais de 40 autores de todas as classes sociais, entre eles, reis, líderes militares, camponeses, filósofos, pescadores, cobradores de impostos, pastores de ovelhas etc..
Em 3 diferentes idiomas: Hebraico, Aramaico e Grego.
A maioria dos autores nunca se conheceram e sequer viveram na mesma época, apesar disso o Livro apresenta uma assombrosa harmonia que nos apresenta uma história única: A natureza e a revelação de Deus e Deus redimindo os seres humanos.
O fio unificador é a Salvação do pecado e da condenação do pecado para uma Vida Eterna de completa transformação e bem-aventurança na Presença do único Deus misericordioso e Santo.
Por fim e mais importante, dentre todas as pessoas mencionadas na Bíblia, o personagem principal em toda ela é o único Deus vivo e verdadeiro que se fez conhecer aos homens por meio de Jesus Cristo.
Mas como podemos verificar se um documento é confiável?
Aqui, mais do que nunca, preciso dizer que o material a respeito do tema é vastíssimo. Se for colocar aqui tudo que há de documentado a respeito do tema, a postagem ficaria inviável.
Por isso, resolvi fazer uma análise específica do Novo testamento.
O motivo é simples, além do espaço não permitir muito conteúdo, se o Novo Testamento for verdadeiro, o Antigo também é, uma vez que Jesus e outras pessoas do Novo Testamento, citavam o Antigo com frequência.
Então tive de “quebrar a cabeça” para trazer um material que tenha substância o suficiente a fim de nos dar uma noção, mas ao mesmo tempo não ser tão extensivo e longo. Não sei se obtive êxito, mas vamos lá:
Veremos como a Bíblia se sai quando submetida aos testes de autenticidade aplicados em todos os outros documentos históricos antigos.
1) O teste bibliográfico e a comparação com outras obras e personagens históricos.
O teste bibliográfico é um exame da transmissão textual pela qual os documentos chegam até nós.
O novo testamento foi escrito em grego.
Se contarmos apenas as cópias em grego, o Novo Testamento se acha preservado em 5.366 manuscritos. Nenhum outro documento da história antiga sequer chega perto desses números. Para termos de comparação, a Ilíada de Homero que ocupa o segundo lugar com 643 manuscritos.
Segue um comparativo entre o Novo Testamento e outros documentos históricos, no que tange o número de cópias:
Homero: 643
Heródoto: 8
Platão: 8
César: 8
Tácito: 20
Novo Testamento: 5.366.
Uma das famosas teorias da conspiração de que a Bíblia foi adulterada pela Igreja Católica na Idade Média, foi desmentida com a descoberta dos Manuscritos do Mar Morto.
Os Manuscritos do Mar Morto foram descobertos entre 1947 e 1956 em cavernas da região de Khribet Qumram, no então Mandato Britânico da Palestina, atualmente conhecida como Cisjordânia. Os achados contêm cópias de manuscritos bíblicos do Antigo e Novo Testamento datados do período do quarto século antes de Cristo até o primeiro século depois de Cristo.
Essas cópias foram comparadas com a Bíblia que temos hoje e os textos são praticamente iguais. As pequenas diferenças encontradas foram na ortografia de algumas palavras. Certamente decorrente dos copistas. Mas o conteúdo foi inalterado.
A confiabilidade histórica do Novo Testamento.
Vamos fazer uma breve análise de Lucas.
Lucas foi um médico grego convertido ao Cristianismo logo após a morte e ressureição de Cristo. Ele escreveu o Evangelho de Lucas que narra a vida e o ministério de Jesus até a sua crucificação, morte e ressurreição e também o Livro de Atos que narra a origem e expansão da Igreja após a ascensão de Cristo aos Céus.
Lucas acompanhou o Apóstolo Paulo a partir de sua segunda viagem missionária e registrou como testemunha ocular os fatos que presenciou.
Colin Hemer, estudioso clássico e historiador, faz uma crônica versículo por versículo da precisão de Lucas no Livro de Atos. Com cuidadoso detalhamento, Hemer identifica 84 fatos nos últimos 16 capítulos de Atos que foram confirmados pela pesquisa histórica e pela Arqueologia.
Profissionais da Arqueologia e História que antigamente olhavam céticos para o Lucas, finalmente tiveram que se render à precisão e confiabilidade de seu relato.
O historiador A.N. Sherwin White diz:
“Quanto ao Livro de Atos, a confirmação de sua historicidade é impressionante. Qualquer tentativa de rejeitar sua historicidade só pode ser considerada absurda”.
O especialista clássico e arqueólogo Willian M. Ramsay, que no início da análise via o Livro de Atos com muita desconfiança, declarou o seguinte ao final de sua pesquisa:
“…O Livro de Atos é uma Autoridade em topografia, antiguidade e sociedade da Ásia Menor”. A história de Lucas é incomparável com respeito a sua fidedignidade. Ele deveria ser colocado no rol dos grandes historiadores”.
Lucas descreveu nomes de personagens poderosos da época e cuja existência é claramente comprovado pela história, como Tibério Cesar, Herodes O Grande, Quirino e César Augusto. Usar nomes de homens poderosos em uma história inventada seria um meio fácil de ser desmascarado com facilidade.
Além disso, no início do Evangelho de Lucas e do Livro de Atos, Lucas diz que estava enviando os relatos para um tal de “Excelentíssimo Teófilo” O termo Excelentíssimo era somente usado para oficiais do alto escalão da Autoridade Romana. Mentir para um oficial romano certamente não era uma boa ideia.
Contudo, há um aspecto que deixa os céticos bastante desconfortáveis. Nos mesmos Livros considerados de alta confiabilidade por profissionais da História e Arqueologia, Lucas relata um total de 35 milagres.
Por que Lucas seria tão preciso com detalhes triviais comprovados como verdadeiros pelas pesquisas históricas e achados arqueológicos tais como direção do vento, profundidade da água e nomes peculiares de cidades, mas não seria tão preciso ou honesto quando se referisse a fatos tão importantes como os milagres? A história e a tradição nos contam que, com exceção do Apóstolo João, todos os demais Apóstolos e até o próprio Lucas morreram martirizados, mas não negaram aquilo que disseram ter visto e ouvido. Quem morreria por uma mentira? Tudo o que eles conseguiram com essa história foi perseguição, rejeição e morte. Bastaria terem negado tudo e os judeus e romanos os deixariam em paz. Mas eles sabem o que viram com seus próprios olhos.
Mais uma vez são postas à mesa as evidências para que o leitor decida por si só qual perspectiva parece mais racional e coerente. A bíblica ou a humanista ateia.
Na última parte dessa série de artigos, falaremos sobre a pessoa Jesus Cristo.
Jesus realmente existiu?
Se ele existiu, Ele era mesmo quem dizia ser?
Ou Jesus era Deus ou era um lunático. Não há espaço para meio termo.
Forte abraço e paz a todos. Deus vos abençoe e até a última parte.