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A TRAJETÓRIA DE SATANÁS NA HISTÓRIA E O PRENÚNCIO DO ÚLTIMO CONFLITO. PARTE FINAL.

A trajetória de Satanás na história. O rastro satânico de destruição e morte através dos impérios e o prenúncio do último conflito.

Parte Final.

Por: Fábio Costa.

Novamente na Europa.

O império Romano pereceu, mas a serpente não cessou de perseguir o povo escolhido de forma obstinada. A partir de Roma, Sirrush foi perseguindo os judeus através do “Santo Império Romano Germânico” (962 a 1806 d.C). Do mesmo modo como os babilônios se enfeitavam com as imagens de seus “deuses” e, com isso, se colocavam sob a “proteção” do maligno, assim também apareceram suas imagens em Berlim. Após a criação da Sociedade Oriental Alemã em 1898 e o início das escavações na Babilônia no ano seguinte, as imagens restantes dos deuses e o grande portal foram transportados para Berlim.

Em 1913, boa parte do portal e as imagens estavam instaladas na capital alemã. No ano seguinte, teve início a primeira guerra mundial, que ceifou 10 milhões de vidas. A serpente age novamente. Em virtude da guerra, as escavações na babilônia foram suspensas em 1917 e retomadas em 1922. Em 1926, toda a rua de procissão de Ishtar foi transportada para Berlim. Desde outubro de 1930 o portal das bestas figura no Museu Real de Berlim. Neste ano, Alfred Rosenberg, o principal teórico do nacional-socialismo publicou com sua obra, Der Mythos des 20” a nova fé alemã. A partir de então, a velha serpente estava à frente do Terceiro Reich. Seu objetivo era a “solução final” para o problema judaico. A velha vingança babilônica estava de volta.

Outra união espiritual profana teve início a partir do Terceiro Reich.

O trono de Satanás.

Até aqui, verificamos o transporte do portal da serpente da antiga Babilônia para a capital alemã. No coração de Berlim, no mesmo prédio do Museu de Pérgamo, encontra-se também o altar de Pérgamo. Este altar é denominado de trono de Satanás no Apocalipse de João, em cujos degraus, Antipas, fiel testemunha de Cristo, foi morto. Na carta a Igreja de Pérgamo, João relata o que o próprio Jesus mandou dizer aos cristãos daquela localidade, vejamos:

“Ao anjo da igreja em Pérgamo escreva: “Estas são as palavras daquele que tem a espada afiada de dois gumes. Sei onde você vive, onde está o trono de Satanás. Contudo, você permanece fiel ao meu nome e não renunciou à sua fé em mim, nem mesmo quando Antipas, minha fiel testemunha, foi morto nessa cidade, onde Satanás habita”.

Apocalipse 2:12,13.

A cidade de Pérgamo, província romana da Ásia, nos dias de Cristo, na parte ocidental do que agora é a Turquia, era o centro da feitiçaria e paganismo do mundo antigo. De grande importância comercial e política a ponto de ser chamada por Plínio de “ mais ilustre de todas as cidades da Àsia”, Pérgamo abrigava algumas das formas mais antigas de adoração ao Diabo. Tornou-se a sede de quatro dos maiores cultos pagãos: Zeus, Atena, Dionísio e Asclépio. Este último tendo uma serpente como símbolo. Também foi estabelecido ali o culto dos magos de origem babilônica. O sacerdote deste culto era chamado de “Pontifex Maximus”, ou “Principal Construtor da Ponte” e sua tarefa era preencher o vácuo entre o homem e os “poderes superiores” os quais se tornavam objetos de adoração.

O altar, construído dois séculos antes para comemorar a vitória dos habitantes de Pérgamo sobre os invasores celtas, foi dedicado a Zeus que também foi adorado como “Sóter” que significa Salvador, (Uma afronta direta a Cristo) por supostamente tê-los salvado de seus inimigos. Seu friso representa os “deuses do Olimpo” combatendo gigantes e musculosos guerreiros com caudas de serpente. Outros adornos descreviam a adoração a “Asclépio, o deus da cura” e seu templo infestado de serpentes. Inúmeros cristãos foram martirizados por se recusarem a se curvar a este culto profano. Finalmente, o Livro de Apocalipse nos revela que ali estava localizado o trono de Satanás entre os homens.

Assim como o portal da serpente babilônica o trono de Satanás também seria transportado para Berlim. Em 1878, o arqueólogo Carl Humann, foi contratado pelo Museu Real de Berlim para iniciar oficialmente as escavações nas montanhas de Pérgamo. O altar profano foi encontrado intacto e transportado para a capital alemã. Carl Humann escreveu o seguinte a respeito de tal feito: “Os séculos não ousaram mexer com nenhuma pedra talhada, mas agora elas estão se mudando para Berlim”. Em 1886 as escavações foram concluídas e em 1902 o altar foi inaugurado no Museu Real de Berlim.

Tomado pelo fascínio do altar, em 1934 Adolf Hitler encarregou seu arquiteto Nazista, Albert Speer, para fazer uma réplica do altar para os congressos do partido em Nuremberg. Uma moeda de Pérgamo com a insígnia do Imperador Caracala de pé, com a mão sobre uma lança diante de uma enorme serpente entrelaçada ao redor de um rebento curvo. A forma como ele levanta sua mão direita em saudação foi imitada pelo regime Nazista, tornando-se sua saudação oficial. A partir de 1936, do altar de Pérgamo em Nuremberg, Adolf Hitler com discursos inflamados, hipnotizava multidões de alemães apregoando o total extermínio dos judeus e conduzindo a humanidade ao maior conflito já ocorrido na história, que matou cerca de 60 milhões de pessoas.

Durante a Segunda Guerra, em 1941, o altar foi desmontado e guardado em abrigos contra bombardeios. Após o término da Guerra, em 1945, ele foi transportado a Rússia, indo para Leningrado (atual São Petesburgo). Contudo os Russos não gostaram do “Trono de Satanás”. Em 1958, atendendo pedido dos alemães, Nikita Kruschev, líder soviético da época, o enviou de volta para a Berlim Oriental, o lado Comunista da Alemanha dividida, onde podia ser visto a partir de 1959 no Museu de Pérgamo. O Altar de Pérgamo já não está acessível para visitantes há alguns anos. Em 2016 houve um anúncio de reabertura prevista para 2019, no entanto houve atraso no cronograma, provavelmente devido à pandemia. Nova data de reabertura está agendada para 2023. Os trabalhos seguem em pleno andamento, o Portal babilônico e a área de arte islâmica já estão acessíveis, mas até que o “Trono de Satanás” esteja novamente em exposição estima-se que ainda serão investidos 500 milhões de euros nos trabalhos.

É bem provável que nos próximos anos seja finalmente revelado aquele que a Bíblia chama de “Anticristo”, cujo espírito já se encontra em plena atividade no mundo. O mundo ainda passará por grandes turbulências antes do próprio Deus realizar sua derradeira intervenção e finalmente decretar a sentença final sobre seus inimigos, anjos e homens, além de estabelecer seu reino de justiça e paz para os seus santos de todas as eras. O palco que encerra os eventos deste mundo está sendo montado à vista de todos que têm os olhos abertos e atentos às evidências históricas e proféticas.

Deus, por intermédio de seu filho, Jesus Cristo, continua com as portas da graça abertas e todo aquele que Nele buscar refúgio, encontrará. Minha oração é para que o maior número de almas possível tenha seus olhos espirituais abertos antes que venha o grande e terrível dia do Senhor.

Na imagem: O Portal Babilônico de Ishtar no Museu Real de Berlim.

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