Israel, um milagre e a maior prova da existência de Deus. Parte 2.
Parte 2. As terríveis consequências do pecado.
Em decorrência de sua desobediência e de ter virado as costas para o Deus da aliança, nefastas consequências pronunciadas do monte Ebal, cairiam sobre o povo. Doenças, gafanhotos em suas plantações, infertilidade de seus animais e mulheres e mais grave delas sendo a subjugação por povos estrangeiros e sua expulsão da Terra que Deus lhes deu.
A história registra duas grandes catástrofes do povo Judeu.
A primeira, a invasão Babilônica iniciada cerca de 608 a.C e completada em 586 a.C que culminou na destruição de Jerusalém e do templo e também a expulsão do povo da terra e o exílio dos poucos sobreviventes na Babilônia.
E a segunda devastação efetuada pelos Romanos sob o comando do general Tito em 70 d.C , resultando em mais de um milhão de mortos e a total destruição do segundo templo, bem como de Jerusalém, porém dessa vez com a dispersão do povo para todas as nações do globo.
Ao lermos o capítulo 28 do livro de Deuteronômio, é possível discernir de forma clara os dois eventos. E para sermos intelectualmente corretos, é necessário reconhecer que isso foi mandado escrever por um Deus onisciente, ou seja, alguém que conhece o futuro.
Comecemos com a primeira dispersão, quando Israel era uma monarquia (ainda possuía um rei) e foi invadido pelos exércitos de Nabucodonosor da Babilônia:
Na dispersão anunciada no versículo 36, há a menção de um reino.
“O Senhor os levará, e também o rei que os governar, a uma nação que você e seus antepassados nunca conheceram. Lá vocês adorarão outros deuses, deuses de madeira e de pedra”.
Deuteronômio 28:36
Quando Israel foi levado cativo para um povo estranho no exílio Babilônico, realmente ainda tinha um rei como foi mencionado: Zedequias, o último rei de Israel.
Outro detalhe específico desta passagem é a menção de uma dispersão pontual somente para um local e não mundial. Na primeira dispersão os remanescentes foram levados cativos somente para a Babilônia.
O versículo 49 fala sobre a poderosa nação que Deus incitaria contra Israel pelos anos de transgressão à aliança estabelecida:
O Senhor trará, de um lugar longínquo, dos confins da terra, uma nação que virá contra vocês como a águia em mergulho, nação cujo idioma não compreenderão,
Deuteronômio 28:49
E assim o foi ao trazer as imponentes tropas Babilônicas da longínqua região da Mesopotâmia até os portões de Jerusalém.
Igualmente impressionante é a profecia de Jeremias acerca da invasão de Nabucodonosor e a duração de 70 anos do cativeiro:
“Embora o Senhor tenha enviado a vocês os seus servos, os profetas, dia após dia, vocês não os ouviram nem lhes deram atenção,
quando disseram: “Converta-se cada um do seu caminho mau e de suas más obras, e vocês permanecerão na terra que o Senhor deu a vocês e aos seus antepassados para sempre.
Não sigam outros deuses para prestar-lhes culto e adorá-los; não provoquem a minha ira com ídolos feitos por vocês. E eu não trarei desgraça sobre vocês”.
“Mas vocês não me deram ouvidos e me provocaram à ira com os ídolos que vocês fizeram, trazendo desgraça sobre si mesmos”, declara o Senhor.
Portanto, assim diz o Senhor dos Exércitos: “Visto que vocês não ouviram as minhas palavras,
convocarei todos os povos do norte e o meu servo Nabucodonosor, rei da Babilônia”, declara o Senhor, “e os trarei para atacar esta terra, os seus habitantes e todas as nações ao redor. Eu os destruirei completamente e os farei um objeto de pavor e de zombaria, e uma ruína permanente.
Darei fim às vozes de júbilo e de alegria, às vozes do noivo e da noiva, ao som do moinho e à luz das candeias.
Toda esta terra se tornará uma ruína desolada, e essas nações estarão sujeitas ao rei da Babilônia durante setenta anos”.
Jeremias 25:4-11
Isso foi cumprido literalmente em 538 a.C quando o rei persa, Ciro conquistou a Babilônia e permitiu aos Judeus o regresso à sua terra e a oportunidade de reconstruírem Jerusalém e o templo de Deus.
A propósito, o próprio Ciro foi profetizado nas escrituras e chamado pelo nome cerca de 150 anos antes do seu nascimento:
“que diz acerca de Ciro: ‘Ele é meu pastor, e realizará tudo o que me agrada; ele dirá acerca de Jerusalém: “Seja reconstruída”, e do templo: “Sejam lançados os seus alicerces” ’.
Isaías 44:28
“Eu levantarei esse homem em minha retidão: Farei direitos todos os seus caminhos. Ele reconstruirá minha cidade e libertará os exilados, sem exigir pagamento nem qualquer recompensa, diz o Senhor dos Exércitos”.
Isaías 45:13
Voltando ao capítulo 28 do livro de Deuteronômio, podemos verificar que a partir do versículo 64 ele passa a descrever a segunda e última dispersão, efetuada pelos Romanos em 70 d.C e cuja invasão, diferente da primeira, resultou na expulsão dos sobreviventes judeus para todas as nações da terra:
“Então o Senhor os espalhará pelas nações, de um lado ao outro da terra. Ali vocês adorarão outros deuses; deuses de madeira e de pedra, que vocês e os seus antepassados nunca conheceram”.
Deuteronômio 28:64
Agora, percebam outro fato impressionante que somente uma mente transcendental poderia ter predito. Como parte das consequências pela quebra da aliança, foi predito que, além de ser expulso de sua terra, o povo jamais encontraria descanso pleno nas nações em que imigrassem.
O medo e a paranoia os acompanharia:
“No meio daquelas nações vocês não encontrarão repouso, nem mesmo um lugar de descanso para a sola dos pés. Lá o Senhor lhes dará coração desesperado, olhos exaustos de tanto esperar, e alma ansiosa.
Vocês viverão em constante incerteza, cheios de terror, dia e noite, sem nenhuma segurança na vida.
De manhã dirão: “Quem me dera fosse noite! ” E de noite: “Ah, quem me dera fosse dia! “, por causa do terror que lhes encherá o coração e por aquilo que os seus olhos verão”.
Deuteronômio 28:65-67
Desde a última dispersão em 70 d.C até a sua milagrosa volta como nação em 1948, o povo Judeu foi vítima de inúmeros massacres, teorias da conspiração e perseguições durante os séculos nas nações em que se espalharam em mais um extraordinário cumprimento dos escritos bíblicos.
Para citar alguns:
- Desde os primeiros séculos da era cristã, os Judeus eram vistos com maus olhos pelos cristãos por terem rejeitado a Cristo. Isso infelizmente desencadeou muitas perseguições por parte da Igreja e quase sempre os judeus eram obrigados a viver em bairros isolados, chamados de Judiarias.
- Em 1343 na Alemanha, os judeus foram acusados de serem responsáveis pela peste negra, a megapandemia que matou entre 75 e 200 milhões de pessoas na Europa e Ásia. Isso desencadeou uma perseguição e massacres de bairros inteiros de etnias judaicas.
O motivo era que pouquíssimos judeus eram atingidos pela doença, o que levou a origem de uma bizarra teoria da conspiração.
Hoje sabe-se que o principal motivo da população judaica não ter sido atingida de forma significativa pela doença deve se aos hábitos de higiene contidos no Antigo Testamento em forma de obrigação ritual. Segundo a lei de Moisés todo Judeu deve lavar as mãos e os pés antes de se aproximar do altar e antes das refeições.
- Os Pogrons russos e alemães: Pogrom é uma palavra russa que significa “causar estrago”. Historicamente o termo refere-se aos violentos ataques da população em geral contra os judeus, tanto no Império russo como em outros países. De tempos em tempos a população desses países se organizava localmente, algumas vezes com o incentivo do governo e da polícia. Os pretextos para os Pogrons eram ressentimentos econômicos, sociais, religiosos e políticos contra os judeus. Então de tempos em tempos milhares de judeus eram mortos, suas mulheres estupradas e suas propriedades confiscadas em ocasiões em que lembram muito os eventos ocorridos na série de filmes “Um dia de Crime”, com a diferença em que o estado fazia vista grossa e liberava somente atrocidades perpetradas contra a população judaica.
- Hitler e a chamada “Solução Final” que propôs o extermínio completo da raça judaica como forma de resolver grande parte dos problemas do mundo. A ação resultou no assassinato de 6 milhões de judeus. Dentre este número, 1 milhão de crianças.
Porém mesmo diante de tais tragédias, Deus não abandonou Israel, e no livro de Levítico contém a promessa de restauração:
Apesar disso, quando estiverem na terra do inimigo, não os desprezarei, nem os rejeitarei, para destruí-los totalmente, quebrando a minha aliança com eles, pois eu sou o Senhor, o Deus deles.
Mas por amor deles eu me lembrarei da aliança com os seus antepassados que tirei da terra do Egito à vista das nações, para ser o Deus deles. Eu sou o Senhor. “
Levítico 26:44,45
Na parte final dessa série, veremos como Deus cumpriu essa promessa em 14 de maio de 1948 e o que isso tem a ver com as nossas vidas.
Por: Fábio Costa
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