Israel, um milagre e a maior prova da existência de Deus. Parte 1

Parte 1. A aliança Perpétua.

Certa vez o imperador alemão Frederico, o Grande, estava zangado com seu superintendente, e quis envergonhá-lo em público. Frederico, querendo colocá-lo em saia justa, fez o seguinte desafio na presença dos mais célebres membros da corte real:

“Cite uma única prova da existência de Deus, mas seja breve, pois você só pode usar três palavras”.

O superintendente, que também era um clérigo e profundo conhecedor da Bíblia, deu um passo à frente e respondeu:

“Majestade, os Judeus”.

Você já teve a experiência de um milagre? Como você definiria um milagre? Você reconheceria um milagre se de fato presenciasse um?

A maioria das pessoas diria não à primeira pergunta, gaguejaria na segunda e hesitaria em responder à terceira.  No entanto, milagres acontecem diariamente, por isso deveríamos ter cuidado antes de negar sua existência.

Quero ser claro, eu creio em milagres. Acredito em milagres não somente porque tanto vi quanto tive a experiência de milagres na minha vida, mas principalmente porque conheço o Deus que opera milagres e sua palavra.

E é seguro constatar que desde o início da história conhecida, Deus está sempre trabalhando no cumprimento de suas promessas SE estivermos prestando atenção.

Deus tem um propósito para este mundo e para a raça humana, e no final veremos que Ele fez e fará exatamente como prometeu.

Ele declara através do profeta Isaías:

“Lembrem-se das coisas passadas, das coisas muito antigas! Eu sou Deus, e não há nenhum outro; eu sou Deus, e não há nenhum como eu.
Desde o início faço conhecido o fim, desde tempos remotos, o que ainda virá. Digo: Meu propósito ficará de pé, e farei tudo o que me agrada”.
Isaías 46:9,10

E no seu plano de redenção para a humanidade, é possível identificar sua assinatura, principalmente na trajetória do povo que Ele escolheu como canal para realização do plano redentor. Israel.

Como parte da preparação para a primeira vinda daquele que iria executar o seu plano de resgate à humanidade, Jesus Cristo, Deus precisou escolher um local de nascimento, uma linhagem sanguínea e uma cultura específica para inserir seu filho nesse mundo, pois a Bíblia declara que Cristo precisava ser semelhante aos homens, sentir as mesmas dificuldades, as mesmas limitações e as mesmas dores a fim de que pudesse se identificar completamente conosco. Considere as seguintes passagens a respeito de Jesus:

“Que, embora sendo Deus, não considerou que o ser igual a Deus era algo a que devia apegar-se;
mas esvaziou-se a si mesmo, vindo a ser servo, tornando-se semelhante aos homens.
E, sendo encontrado em forma humana, humilhou-se a si mesmo e foi obediente até à morte, e morte de cruz!”
Filipenses 2:6-8

“Pois não temos um sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas, mas sim alguém que, como nós, passou por todo tipo de tentação, porém, sem pecado.”
Hebreus 4:15

Então, cerca de 1800 anos antes do nascimento de Jesus, Deus apresentou-se a um homem chamado Abraão e lhe fez a seguinte promessa:

“Então o Senhor disse a Abrão: “Saia da sua terra, do meio dos seus parentes e da casa de seu pai, e vá para a terra que eu lhe mostrarei.
“Farei de você um grande povo, e o abençoarei. Tornarei famoso o seu nome, e você será uma bênção.
Abençoarei os que o abençoarem, e amaldiçoarei os que o amaldiçoarem; e por meio de você todos os povos da terra serão abençoados”.
Gênesis 12:1-3

O Criador chamou este homem e prometeu-lhe descendentes tão numerosos quanto as estrelas no céu e pelos quais Cristo se tornaria um de nós.

Após operar o milagre de dar um filho a um casal avançado em idade e cuja mulher além de idosa era estéril, Isaque, o filho da promessa e precursor do povo Judeu.

Cumprida a promessa a Abraão, o povo foi escravizado no Egito por 400 anos. Após sua libertação através de Moisés, Deus lhes deu um código moral, religioso e civil e que também continha a história de suas origens bem como das origens da humanidade em geral e o problema do mal no mundo e também no coração do homem. O que hoje é conhecido como Pentateuco, ou os primeiros cinco livros da Bíblia.

O Pentateuco relata, mais especificamente nos livros de Levíticos capítulo 26 e Deuteronômio capítulo 28 que a descendência de Abraão seria o povo escolhido que levaria o nome de Deus entre os povos da Terra, e isso traria consigo alguns privilégios, mas também muitas responsabilidades.

As bênçãos pronunciadas do monte Gerizim e as maldições anunciadas do Monte Ebal. (Gerizim e Ebal é como são chamadas as montanhas onde Moisés recebeu cada instrução divina para repassar ao povo, por isso são conhecidas respectivamente como “Monte da Benção” e “Monte da Maldição”).

E aqui a coisa fica interessante para quem busca sinais palpáveis das páginas da Bíblia na história a fim de verificar a sua autenticidade.

Todo relacionamento com o criador, seja no âmbito pessoal, ou coletivo como no caso de Israel, implica em privilégios/direitos e responsabilidades/deveres.

Israel como povo escolhido para levar o nome de Deus entre as nações, recebeu muitas dádivas como bem explanadas por Moisés do Monte Gerizim. Entre as dádivas condicionadas à obediência e fidelidade estavam as promessas de vitória sobre invasores estrangeiros e nações hostis, fertilidade de suas mulheres e de seus animais e do solo para plantio e prosperidade e paz na terra prometida.

Sabemos pela Bíblia e pela história que Israel passou a maior parte de sua existência em rebelião contra Deus, descumprindo os termos da aliança, ao pecar contra Deus praticando idolatria, adoração de falsos deuses, ocultismo e também transgressões na esfera humana, como injustiças sociais desamparando e oprimindo órfãos e viúvas, condenando inocentes e absolvendo culpados em seus tribunais, oprimindo os pobres entre outras. Todas essas coisas em claro descumprimento dos termos estabelecidos por Deus na Aliança do Monte Sinai.

Na parte dois, veremos como as duas grandes tragédias sofridas por Israel na sua história foram assombrosamente preditas com detalhes na Bíblia e o que isso tem a ver com o final dos tempos.

Por: Fábio Costa

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